Dá pena ver os haitianos aglomerados em praça pública em Basiléia implorando permanência no Brasil. Felizmente a lei brasileira favorece a pretensão deste povo que vive um dos piores e sangrentos momentos da sua história. A angustia está estampada no rosto de cada refugiado, por um lado aliviado por estar no Brasil longe das ameaças na sua terra natal, certamente amada, mas no momento desintegrada e premida entre a ganância e desconexão política sustentada pelas crises étnicas e multifaces religiosa. Sofrem sem amparo, crianças e idosos totalmente sem alternativas porque não tem como se defenderem. Não é possível ao Brasil resolver o problema de desamparo de todos os haitianos, mas dá orgulho poder fazer algo pelo menos para alguns. Falo fazendo coro com a sensibilidade habitual do brasileiro, mas concordo com a decisão de filtrar e administrar com o zelo necessário tal invasão, inclusive tomando iniciativa para que ela seja controlada o mais rápido possível. Por outro lado vivemos calamidade bem semelhante na nossa terra tanto com os dependentes químicos que sofrem e se deixam administrar tornando-se reféns do mesmo sentimento de ganância e de crueldade dos aproveitadores. Onde andará o amor e o direito ético da sobrevivência? Parece que o desatino das pessoas oprimidas tem sua origem na atuação dos desvairados! O mundo fala de forma desesperada sobre Deus, certamente o nosso Deus do alto da sua soberania dará um basta em “tanta utopia religiosa” cujo discurso emociona enqunto a decepção e a atuação decepciona. As misérias estão por toda parte, e partem de dentro das indiferenças miseráveis. A solução é Cristo, não há duvida!
